Ninhos, sementes e outros assuntos de abril

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Comemorámos o dia 25 de abril com uma explicação e algumas informações importantes sobre este acontecimento da História do nosso Portugal. Em seguida, lemos dois poemas que falam desta data: um de José Jorge Letria e outro de Manuel Alegre. Antes de lermos os poemas, o Diogo completou à sua maneira os textos lacunares e, depois, comparámos.
Por fim, fizemos uns cravos para embelezar o jornal de parede.
A mãe do Diogo comentou: "_ Finalmente, o meu filho falou-me do 25 de abril e conseguiu perceber o que se passou neste dia!" Nós, professores, estamos felizes por isso.




Sei um ninho.
E o ninho tem um ovo.
E o ovo, redondinho,
Tem lá dentro um passarinho
Novo.

Mas escusam de me atentar:
Nem o tiro, nem o ensino.
Quero ser um bom menino
E guardar
Este segredo comigo.
E ter depois um amigo
Que faça o pino
A voar...

Miguel Torga 
Deitámos mãos à obra para fazer um ninho artificial que possa ser observado da janela da nossa sala do Alcoitão. Esperamos que algum pardal ou outro pássaro resolva arrendar este espaço.
Observámos um ninho verdadeiro que foi encontrado caído no chão, durante o outono,  no jardim deste hospital. Pertenceu a um pássaro pequeno, talvez a andorinhas, porque é muito pequenino. Vimos vestígios de cascas de ovo, penas que ficaram agarradas aos troncos finos com que foi feito. Esperamos que tenham sido uma família feliz!



Cuidados a ter:

  1. Quer o ninho artificial quer os comedouros devem ser colocados num local onde os predadores não cheguem;
  2. Não devemos incomodar os habitantes do ninho artificial, porque isso pode pôr em causa a sobrevivência da ninhada.
  3. O ninho deve ficar bem seguro para não voar com o vento como acontece habitualmente com os ninhos verdadeiros que são frágeis e caem com facilidade.
Em breve, daremos notícias sobre este apartamento!

SEMENTES

Vamos também construir um comedouro para pendurar perto do ninho. Por isso, estivemos a ler um artigo sobre sementes - o ingrediente principal da receita de um bolo para aves.
A maior parte dos nossos alimentos começa por ser uma semente: o pão, o arroz, a fruta, os legumes, entre outros.
As plantas, para assegurar a sobrevivência da sua espécie, espalham as suas sementes porque, se as deixassem simplesmente cair, seria uma péssima estratégia, pois a sombra iria impedir o seu crescimento.
Logo, as plantas recorrem a mecanismos externos para dispersar as suas sementes (as técnicas de dispersão) como, por exemplo:
  • Há plantas que têm pelos à sua volta ou uma espécie de asas, por isso são levadas com facilidade pelo vento para outros locais onde podem germinar. Por exemplo: o dente-de-leão.
  • Há plantas que têm sementes com um revestimento pegajoso ou com espinhos que se agarram aos pelos dos animais, às nossas roupas e são levadas para outros sítios. Por exemplo: a garra-do-diabo.
  • Há plantas que vivem junto aos rios e ao mar, por isso as suas sementes são flutuantes e vão com a corrente e as marés para outras lugares, chegando mesmo a percorrer grandes distâncias. Por exemplo: o coqueiro.
  • Há plantas que têm sementes comestíveis que os animais adoram comer, por isso são levadas por formigas e esquilos para outros sítios. Os animais não comem tudo e elas acabam por germinar. Por exemplo: carvalho com as suas famosas bolotas.
  • Há plantas cujos frutos secam e, quando as paredes aumentam de tamanho (dilatam), o fruto abre-se como uma pequena explosão e projetam as suas sementes para muitos metros de distância. Por exemplo: o fruto do pepino-de-são-gregório, a maria-sem-vergonha.

CURIOSIDADES

A maior semente do reino vegetal é a do coqueiro-do-mar, nas Seychelles, que chega a pesar 18 kg.
A menor semente do reino vegetal é a semente de certas orquídeas tropicais que parece pó: uma cápsula pode conter três milhões de sementes.

A partir deste trabalho, estamos a elaborar perguntas para fazer um jogo com os nossos colegas do PCA1.

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