Um lanche de várias cores
por CMRA em Alimentação, bioluminescência, CMRA, compotas, diversidade, luz, pirilampo 1
· O pirilampo, assim como o seu parente vaga-lume, é um dos insetos mais conhecidos por emitirem luz – fenómeno conhecido por bioluminescência.
Alimenta-se de lesmas e caracóis.
Os pirilampos produzem luz através da oxidação de uma substância produzida pelo próprio corpo, a luciferina. Esta reação oxidante liberta energia sob a forma de luz em vez de calor. Não sabemos como os pirilampos controlam as emissões de luz, pensa-se que seja na limitação do fluxo de oxigénio às luciferinas.
As luciferinas dos pirilampos: produzem luz em tons verde-claro; nos vaga-lumes produzem em tons amarelos em vez de verde. Eta luz tem as funções de ataque, defesa, acasalamento (o pirilampo fêmea usa a sua luz para atrair um parceiro).
A fêmea do pirilampo não voa, pois não têm asas e os ovos são postos no verão em sítios húmidos (debaixo do musgo, por exemplo) e emitem um brilho fraco.
Pirilampo desenhado a carvão pelo André |
Antes de lermos o livro “O lanche do senhor verde”, de Javier Sáez Castán, observámos as ilustrações, lemos o título e um aviso escrito em latim que aparece a dado momento da história. Em seguida, imaginámos duas histórias cada uma com a sua moral.
A primeira história
Era uma vez uma casa, nos anos 80, em Inglaterra, onde morava o Sr. Verde que gostava muito do seu cão da raça pugue, chamado Verdocas.
O Sr. Verde decidiu convidar os seus amigos de outras cores para um desafio: o Sr. Púrpura, o Sr. Amarelo, o Sr. Azul, o Sr. Castanho e o Sr. Preto.
Decidiram todos enfrentar o desafio e abrir a porta com as suas chaves de cada cor.
Quando passaram a porta, esperava-os uma mesa com um chapéu de sol, cheia de comida, rodeada de borboletas, o cavalo preto (do Sr. Preto), uma vaca e árvores de fruto: um mundo colorido.
Ficaram felizes a lanchar e para sempre viveram naquele mundo bonito cheio de cores. Moral da história: devemos enfrentar os nossos medos e desafios.
A segunda história
Antigamente, em Inglaterra, havia seis senhores de cores diferentes: amarelo, azul, púrpura, preto, castanho e verde.
Um belo dia, foram lanchar a casa do Sr. Verde que tinha uma porta com várias fechaduras para as chaves de cada um dos seus amigos.
Este senhor Verde convidou-os para os desafiar a abrir a porta e descobrirem o que havia para além dessa barreira: outra realidade da qual eles nunca poderiam regressar. E disse-lhes:
- Never look back!
Os amigos ultrapassaram com adrenalina a barreira do medo e deram de caras com um mundo colorido cheio de borboletas, macieiras, videiras e uma mesa coberta por um belo manjar.
Moral da história: para conhecermos algo, temos de investigar e ultrapassar barreiras, pois à partida só sabemos que nada sabemos.
De que seriam feitas as compotas de várias cores?
A verde podia ser de quivi ou de maçã verde.A amarela devia ser de limão ou melão.
A púrpura devia ser de morango ou de framboesa.
A azul talvez fosse feita de mirtilos.
A castanha devia ser de marmelada ou de chocolate.
A preta devia ser de amora.
Comentámos a importância da diferença, da diversidade em contraste com a monotonia de um mundo fechado, sempre igual a si mesmo. Falámos de como será bom enfrentarmos os nossos medos e seguirmos em frente nas nossas descobertas e desafios, mesmo que seja difícil.
No dia do lanche, a professora Sónia contou a história para as crianças, jovens, educadoras, mães e avós. Afinal, é uma história para todas as idades!
O jogo da descoberta dos objetos presentes, alguns bem escondidos, nos cantos da escola e que aparecem na obra foi divertido. Para descobrirmos a chave, os professores Sónia e Fernando tiveram que nos ajudar com o velho jogo do “quente e frio”.Por fim, veio o lanche com sumos e compotas coloridas, cheios de vitaminas e sabores diferentes. Realmente, comer e beber sempre a mesma cor, cansa!
Antes de começar |
A professora Sónia a contar a história |
O senhor Verde |
O mundo colorido do senhor Verde |
O chapéu de sol colorido |
A agenda e a caneta para os convites |
O chapéu |
A chave |
A lanterna |
Os objetos reunidos |
As compotas e os sumos |
O abafador para o chá não arrefecer |
E vivam os pirilampos e a bioluminescência e o lanche de várias cores e o Sr. Verde e a descoberta dos objetos e os vossos trabalhos tão criativos e interessantes.
ResponderEliminarMuito bem!